O tombamento estadual do edifício do Necrotério foi aprovado pelo decreto estadual n.° 18.531, de dois de junho de 1977, sendo determinada sua inscrição no Livro de Tombo n.° II — de Belas Artes —, número de inscrição XII, página 02v, sob a seguinte designação: VII – edifício do Necrotério do Cemitério do Bonfim, com partes de cantaria, cobertura metálica e decorações, inclusive quatro piras externas e passeios de pedra adjacentes.
O Necrotério foi uma das primeiras edificações projetadas pela Comissão Construtora da Nova Capital, concebido para se romper com os costumes mais antigos de se velar os mortos em casa ou nas igrejas. Desenhado pelos engenheiros arquitetos Hermano Zickler, José de Magalhães e Edgar Nascentes Coelho, sua construção ficou a cargo do Conde de Santa Marinha. O projeto, de planta quadrada encimada por cúpula metálica, utiliza linguagem clássica, rico em detalhes ornamentais simbólicos executados em metal, como ampulhetas aladas, anjos, romãs, grinaldas entrelaçados, gadanhas, ouroboros e piras. Também a platibanda é construída em ferro, sendo estes elementos importados, principalmente, da Bélgica. O cemitério do Bonfim foi o único na capital até 1942 e até a década de 1950 o necrotério foi bastante utilizado como capela.
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Belo Horizonte - Minas Gerais