O conjunto urbano, formado pelo casario em pedra, calçamento, disposição do arruamento e pela Igreja Matriz de Santo Antônio, remete à origem colonial de Grão Mogol e destaca a solução harmoniosa de sua implantação sobre as formações rochosas da região. O centro histórico materializa o processo de ocupação urbana decorrente da criação de gado e da busca por diamantes no norte de Minas, além de retratar um modo de vida particular, originado do isolamento dos centros urbanos e com consequente dependência comercial e administrativa deles. Sua arquitetura é marcada pela simplicidade funcional e pelo despojamento técnico e ornamental da mistura entre um sistema construtivo que é típico do litoral, embora implantado na paisagem circundante do sertão mineiro, caracterizando-se pela extensa utilização da pedra local. Disponível e utilizada na vida cotidiana na prática do garimpo e em técnicas construtivas, a pedra, material constitutivo da geologia da serra, tornou-se símbolo de identidade e permanência em Grão Mogol. Os imóveis foram classificados em três grupos: motivadores – patrimônio edificado com valor documental representativo do processo de ocupação urbana –, contribuintes – vizinhos dos bens motivadores que contribuem para a ambiência do conjunto –, ou articuladores.
Grão Mogol
- Minas Gerais