O tombamento estadual da Serra da Piedade e sua declaração como monumento natural foram instituídos pelo art. 84 dos Atos das Disposições Transitórias da Constituição do Estado de Minas Gerais de 1989. O tombamento foi homologado em 19 de maio de 2006, com inscrição no Livro de Tombo n.° I, do tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico; Livro de Tombo n.° II, do tombo de Belas Artes; Livro de Tombo n.° III, do tombo Histórico, das obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos.
A Serra da Piedade faz parte do conjunto da Serra do Curral, com elevação de 1.746 metros, sendo o marco-guia dos primeiros bandeirantes que chegaram à região por volta de 1673. A geologia da serra é constituída por formações ferríferas, sendo o minério de ferro o seu principal recurso. A formação do relevo e das rochas da Serra da Piedade remonta a história geoecológica da Terra, configurando patrimônio geológico, considerado como Sítio da História da Geologia e da Mineração. Esse sítio integra o programa de Sítio Geológico e Paleontológico do Brasil – gerido pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (SIGEP). A paisagem cultural da serra é concebida pelo simbolismo religioso atribuído, que surgiu devido à lenda de uma aparição da figura da Virgem com Jesus nos braços no alto da Serra. O português - oficial de cantaria - Antônio da Silva Bracarena foi quem construiu a capela em homenagem a Nossa Senhora da Piedade, no topo da Serra. Para esse fim, contou com o apoio do Dr. Manoel Coelho Santiago na aquisição da provisão para a ereção do templo, assinada pelo Cônego Ignácio Corrêa de Sá. Iniciada em 1767, a capela foi concluída somente em 1778. O Conjunto Arquitetônico compreende a Igreja Nossa Senhora da Piedade, a Casa dos Romeiros (retiros-projeto do arquiteto mineiro Ivo Porto de Menezes), o Cruzeiro com imagem da cena do calvário, edificação usada como lanchonete, outra como restaurante e, a Igreja-Abrigo da Serra da Piedade (projeto do arquiteto Alcides Rocha Miranda). Complementa o conjunto, o edifício que abriga o observatório astronômico Frei Rosário da Universidade Federal de Minas gerais – UFMG e as instalações e atividades de proteção ao voo comercial e militar na região Sudeste do país, através das antenas do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo – CINDACTA.
Caeté e Sabará - Minas Gerais