Localizada no Parque Estadual do Itacolomi, a história da fazenda remonta ao princípio do século XVIII, havendo a hipótese de que teria sido construída entre 1706 e 1708 por Domingos da Silva Bueno, 2º guarda-mor do Distrito de Minas Gerais. O fato teria se dado para executar cobrança do quinto do ouro e vigilância do acesso às minas e ao Sertão dos Cataguases. Supõe-se que a casa sede tenha sido o primeiro edifício público de Minas Gerais, exemplar da chamada casa bandeirista, variedade de influência paulista incomum na arquitetura rural mineira – volume retangular sobre plataforma, cobertura em quatro águas, varanda de pouca altura na fachada principal. No entanto, sua alvenaria é de pedra, diferentemente das construções paulistas, geralmente construídas em taipa de pilão. A casa não mais possui as paredes internas, que teriam sido construídas em pau-a-pique, tendo sido mantidas algumas conversadeiras de cantaria abaixo de janelas, ao gosto urbano do século XVIII. Ao longo de sua existência, a Fazenda do Manso foi centro produtor de telhas e tijolos (século XVIII), fábrica de ferro (século XIX) e teria servido para a exploração de carvão e produção de chá da Índia, chamado Edelweiss (século XX), que era exportado principalmente para a Alemanha. Desde 1998, mesmo ano de seu tombamento pelo IEPHA-MG, a Fazenda pertence ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) e obras de restauro foram empreendidas pelo governo de Minas Gerais, com a introdução de elementos metálicos e de novos apoios estruturais internos, além da consolidação das alvenarias de pedra e de adaptação museográfica para a visitação pública.
Ouro Preto - Minas Gerais