Após dois anos sem o tradicional carnaval de rua, o ano de 2023 retoma a festividade que reúne milhares de pessoas de diversos lugares em clima de alegria.
O patrimônio cultural em Minas Gerais é o foco da campanha realizada pelo Iepha-MG nas redes sociais durante o carnaval. O objetivo é sensibilizar os foliões durante as tradicionais festividades que acontecem em ruas, praças e espaços localizados em núcleos históricos ou em suas áreas de entorno, onde existem bens culturais protegidos.
Frases educativas e divertidas, como “Não se esqueça de mim... _ Neste carnaval, lembre-se sempre da importância de nosso patrimônio” e “Foi bom te ver outra vez... _ Quem protege vê para sempre!” serão divulgadas pelo Instituto durante o período da festividade. A expectativa é que as filipetas virtuais sejam compartilhadas pelos internautas e pelos municípios em suas redes sociais e colaborem com a campanha. Para compartilhar a campanha nas redes sociais, basta buscar, nas redes Facebook e Instagram, por “iephamg”.
A ação conta ainda com orientações para que a apropriação do espaço urbano ou público ocorra de forma consciente, com segurança e resguarde exemplares arquitetônicos importantes encontrados nos municípios mineiros.
Os núcleos urbanos reconhecidos como patrimônio cultural são locais de referência de moradores e visitantes, que contam com comércio, lazer, encontros e confraternizações. Em Minas Gerais, a riqueza arquitetônica e cultural encontradas nas praças, nas igrejas e nos casarões seculares atraem pessoas de todas as regiões, tornando o carnaval mineiro um dos mais tradicionais do Brasil. A festa conta com a participação de blocos, marchinhas e grupos regionais.
Diversas cidades recebem no carnaval inúmeros foliões para a festividade que acontece em ruas, avenidas, praças e núcleos históricos, espaços que possuem riquezas culturais de grande significado para o estado.
As prefeituras dos municípios que possuem núcleos protegidos por tombamento estadual devem procurar o Iepha-MG para receberem instruções específicas sobre eventos carnavalescos no entorno dos bens protegidos. Os agentes públicos responsáveis pela realização do carnaval nesses locais devem apresentar ao Instituto um projeto do evento que não ofereça riscos às construções históricas reconhecidas como patrimônio cultural de Minas Gerais.
Os demais municípios do estado devem observar as seguintes orientações do Iepha-MG com o objetivo de preservar os bens:
- A instalação de barracas, palcos, arquibancadas, caixas de som, telões e equipamentos em geral deve guardar distância dos bens culturais e da rede elétrica;
- Os banheiros públicos devem ser instalados em locais adequados e afastados das fachadas dos imóveis e monumentos culturais;
- As Prefeituras devem orientar os trajetos de trios elétricos e carros alegóricos para que não provoquem danos ao patrimônio;
- As Prefeituras devem realizar campanhas educativas para a preservação do patrimônio cultural.
Os núcleos históricos tombados pelo Estado que possuem proteção do Iepha-MG cuja as recomendações devem ser observadas pelo agentes municipais para o período festivo do Carnaval são:
São José das Três Ilhas
Catas Altas
Córregos (Conceição do Mato Dentro)
Santa Rita Durão (Mariana)
Oliveira
Pitangui
Santa Bárbara
Brumal (Santa Bárbara)
Santa Luzia
São Tomé das Letras
Grão Mogol
CARNAVAL DA LIBERDADE
O Governo de Minas Gerais organiza e coordena ações diferentes entre diversas pastas e órgãos visando a realização de uma festa inclusiva e tranquila. A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, a Secretaria de Saúde, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros unem esforços no planejamento das atividades que garantirão a alegria e atuarão na prevenção durante Carnaval.
O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, ressaltou a importância dessa união entre as pastas, o que reflete um passo importante na estruturação e no desenvolvimento de atividades voltadas para o Carnaval. “Esta é a primeira vez na história do Estado de Minas Gerais em que o governo coloca o Carnaval como uma política de Estado porque há várias nuances que são importantes. Primeiro o cuidado com a pessoa humana visto que temos um fluxo grande de pessoas nesse momento. Por isso a saúde conosco, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, as políticas sociais e da cultura em si, pensando, sobretudo, no bem-estar das pessoas que são de Minas e dos turistas que nós estamos esperando”, disse Oliveira.
Pela primeira vez, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) realiza um mapeamento das principais festas momescas promovidas em diversas cidades do estado, o que foi possível a partir do lançamento do programa Carnaval da Liberdade. O resultado desse trabalho é um portfólio com a programação de 173 municípios mineiros que se inscreveram, listaram as ações, compondo um retrato multifacetado deste que já é considerado o maior Carnaval da história de Minas Gerais.
São esperadas cerca de 5 milhões de pessoas em Belo Horizonte, segundo dados da Belotur, e também 5 milhões distribuídos no interior, o que deve movimentar R$ 1 bilhão de reais no estado, gerando mais emprego e renda e fortalecendo a economia da criatividade.
O documento completo possui 198 páginas e pode ser acessado no site da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) clicando aqui. O objetivo é oferecer aos foliões e turistas um amplo panorama do Carnaval em Minas Gerais, promovendo os destinos, que, portanto, vão muito além da capital. “Tem sido muito importante esse fortalecimento do Carnaval de Belo Horizonte, mas estimular essa descentralização também é fundamental. Ela se dá tanto por meio da promoção desses diversos destinos quanto por meio dos investimentos do Governo de Minas, como o lançamento do edital Carnaval da Liberdade - Cemig 70 Anos que patrocina iniciativas ligadas à cultura carnavalesca em todo o estado”, pontua o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.
Após dois anos de restrições em função da pandemia de Covid-19, as cidades retomam celebrações que faziam parte do calendário anual. Capitólio, por exemplo, divulga o Carnapitólio, evento tradicional e registrado como patrimônio histórico imaterial do município. Diamantina, que sempre foi um dos destinos de Carnaval mais disputados em Minas Gerais, também volta com muito fôlego, animados bloquinhos e eventos, como o Carnaval Radical, o Festival Gastrô Folia, o Circuito dos Blocos Carnavalescos, o Largo da Alegria, o MPB Beco, o Espaço Miguilim, dentre outros.
Paracatu apresenta o Carnafolia Paracatu e também o Carnaval de Outrora todo baseado no repertório de marchinhas. Já Paraopeba com O Carnaval da Feirinha prepara um momento especial voltado para as famílias com matinês e brincadeiras para as crianças.
Ouro Preto e Sabará, que também fazem parte do roteiro tradicional de Carnaval, terão novamente as ruas dos centros históricos tomadas por dezenas de blocos, bloquinhos, escolas de samba e bandas.
“O portfólio mostra a força do Carnaval de Minas Gerais que tem um amplo conjunto de perfis. Cada destino oferece aos turistas e aos mineiros opções capazes de se adequar aos mais diferentes gostos. Mas um fator importante de ser reforçado é que o Carnaval da Liberdade vai além da folia. Trata-se de um programa maior, voltado à estruturação e ao fortalecimento do Carnaval, da promoção do Estado de Minas Gerais e de todo o seu potencial turístico”, afirma o Subsecretário de Estado de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior.
Saiba mais em www.secult.mg.gov.br
Fonte Carnaval da Liberdade: Secult-MG