O tombamento estadual da Serra de São Domingos e a sua declaração como monumento natural foram instituídos pelo art. 84 dos Atos das Disposições Transitórias da Constituição do Estado de Minas Gerais de 1989.
A Serra denominada São Domingos, a partir do século XVIII foi objeto de disputas territoriais entre os atuais Estados de Minas Gerais e São Paulo, que somente foram solucionadas no segundo quartel do século XX. Em 1748, o Conde de Bobadela, Gomes Freire de Andrade - incumbido de delimitar a divisa das Capitanias de Minas e São Paulo - sugeriu que a demarcação fosse feita a partir da Serra da Mantiqueira onde já existia um marco de demarcação anterior, seguindo pela Serra de Mogí Guaçu até o Rio Grande. Thomáz Rubim, encarregado da demarcação, no entanto, não localizou a Serra Mogi Guaçu. Mapas de 1767, 1777, 1804 e 1808, elaborados pelo Governo de Minas Gerais, identificam uma Serra ao norte do rio Moji-Guaçu na região de Poços de Caldas. Essa Serra que recebeu a denominação de Serra Mogyguassú na Carta de 1777 e Serra Mogy no mapa de 1808, trata-se evidentemente do maciço de Poços de Caldas. A região da Caldeira de Poços de Caldas foi representada, ao longo do século XIX, ora como domínio mineiro, ora como domínio paulista. O anel de serras que forma sua borda foi utilizado, em diferentes trechos, como delimitação. No entanto, somente em 1936, é que as divisas foram definitivamente demarcadas.
A Serra de São Domingos, marco referencial na paisagem, caracteriza-se como um dos diques anelares da caldeira de Poços de Caldas e está inserida no planalto de Poços de Caldas. Esse planalto possui altitude média de 1.300 metros, sendo que nas áreas adjacentes não ultrapassa a 800 metros. Na serra a altitude é de 1.686 metros.
Poços de Caldas - Minas Gerais