O dia 20 de novembro marca a morte, ocorrida em 1695, de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes da história do Brasil e símbolo da luta contra o sistema escravagista do país. Como parte das reflexões sobre o Dia da Consciência Negra, o Iepha-MG reforça seu compromisso com a cultura de matriz africana em Minas Gerais: a afromineiridade.
Iepha-MG e Secult vêm empreendendo importantes ações para valorização da cultura afro-brasileira no estado, calcadas nas premissas constitucionais, diretrizes de organismos internacionais, consolidados por meio de instrumentos próprios para fins de registro e salvaguarda das suas referências culturais. Em outubro deste ano, o presidente do Iepha, Felipe Pires, anunciou 2022 como o ano dos povos de tradição afro.
Os saberes, manifestações culturais, cosmovisões, modos de vida, mestres e mestras da cultura, dentre outros elementos, provenientes dos grupos de ancestralidade africana, estão firmemente presentes no conjunto das políticas desenvolvidas pelo Iepha-MG.
Em 2011, foi reconhecida a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte. No ano de 2013, foi a vez da Comunidade dos Arturos, em Contagem: primeira Comunidade Quilombola registrada no Brasil. Nos dois anos seguidos, o Iepha promoveu o Inventário Cultural do Rio São Francisco, identificando bens culturais em 17 municípios norte mineiros, dos quais se destacam as referências culturais afro-brasileiras.
Em 2017, o Iepha-MG reconheceu as Folias de Minas e no ano seguinte os Saberes, Linguagens e Expressões Musicais das Violas em Minas Gerais, que representa parte integrante da paisagem sonora mineira, especialmente em Folias, Catiras, Danças de São Gonçalo, Congados, Batuques, Lundus, Sussas, entre outras, provenientes da cultura afro-brasileira. No ano de 2018 a Comunidade Quilombola Manzo Ngunzo Kaiango e o Artesanato em Barro do Vale do Jequitinhonha também receberam o reconhecimento de patrimônio imaterial de Minas Gerais.
Essas ações identificaram, reconheceram e apoiaram as práticas culturais relacionadas às manifestações culturais afro-brasileiras no estado e constituíram importantes avanços nas políticas públicas de valoração do patrimônio cultural em Minas Gerais, tornando-o mais amplo, diverso e representativo. O Instituto continua com esse trabalho de forma intensa.