O Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, 08 de março, é resultado de movimentos pela emancipação das mulheres. Celebrar essa data no âmbito do patrimônio cultural é também um movimento de centralizar no tema as mulheres que constroem e guardam saberes e que fazem a manutenção das práticas culturais em seu cotidiano.
Em Minas Gerais, comunidades tradicionais e expressões culturais diversas têm mulheres como figura central: quilombolas, ribeirinhas, de terreiro, congadeiras, foliãs, violeiras, artesãs, apanhadoras de flores, produtoras de queijo artesanal, benzedeiras. É a mulher como vetor de movimento em sua comunidade, conduzindo saberes de resistência.
Sua potência enquanto mestras e detentoras de saberes se apresenta por meio de conhecimentos e epistemologias apropriadas por elas e a partir de suas localidades. Enquanto matriarcas, endossam o saber ancestral através da mobilização da espiritualidade, do conhecimento da natureza, das práticas de cuidado e do afeto, garantindo ainda a subsistência de seus comunitários. Assim, neste 08 de março, celebramos as mulheres enquanto tratado e valorização de toda sua atuação no campo do patrimônio cultural.
O Iepha-MG enquanto órgão de proteção e à frente da defesa do patrimônio cultural, teve ao longo de sua trajetória de 50 anos presenças de mulheres nas mais diferentes atuações. Na presidência do Instituto foram ao todo 8 mulheres: Suzy Pimenta de Mello, Anna Marina Vianna Siqueira, Maria Eugênia Murta Lages, Jurema Machado, Vanessa Borges Brasileiro, Liana Portilho, Ruth Villamarim (presidente interina) e Michelle Arroyo. Atualmente, dos 161 funcionários que atuam no Iepha-MG, 53,41% são mulheres dentre servidoras, colaboradoras da MGS, menores aprendizes da ASSPROM e estagiárias. Os números mostram a importância e a participação da mulher na instituição.